COM PELÉ NA ÁFRICA

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Imagem                                                 VOLTEMOS AO FUTEBOL

  Lauro Moreira

         Vamos falar um pouco de Pelé 

 

        Como propus em dezembro passado neste Quincasblog, FALEMOS AGORA DE FUTEBOL E DE CRAQUES, já que está oficialmente aberta a temporada de caça… à bola. Na verdade, o que proponho agora é retomarmos o assunto que estávamos abordando, inaugurado com as figuras de Nilton Santos e Didi, e que decidimos suspender por um momento para tratar da obra e da morte de Vilaró, o grande artista plástico uruguaio, criador da famosa Casa Pueblo, em Punta del Este.

        Os amigos que fazem a gentileza de acompanhar-me nessas divagações periódicas sabem que por aqui tratamos de tudo um pouco, e que no caso em pauta já escrevi que “ Não porque eu fosse assim tão intimamente ligado ao futebol brasileiro e seus bastidores, que não era, mas porque creio já ter vivido bastante,  acabei colecionando algumas estorinhas pessoais nessa área, que gostaria de compartilhar, por capítulos, com meus parcos porém fiéis leitores deste Quincasblog. Algumas passagens, por exemplo, envolvendo encontros e certo convívio com figuras como Didi, Nilton Santos, Pelé e Zico, além de experiências muito ricas como espectador da Copa de 70 no México, e mais tarde como responsável, indicado pelo Itamaraty, pela organizaçao e direção da Casa do Brasil em Guadalajara, na Copa de 1986.

        Muito bem. O próximo craque da lista não é bem um craque, mas o craque, o maior de todos os tempos, um hors-concours absoluto, uma unanimidade mundial. O Atleta do Século, o campeão mundial aos 17 anos, o tri-campeão, o maior artilheiro da história (1281 gols em 1363 partidas) a marca mais difundida que Coca-Cola, a lenda viva que um dia provocou, com sua simples presença, a suspensão temporária de uma guerra na África, a personalidade afagada por Papas, Reis, Rainhas e Chefes de Estado, o brasileiro mais aclamado em todo o mundo e em todos os tempos, o ídolo de sucessivas gerações nos quatro cantos da terra: Edson Arantes do Nascimento, Pelé.

E as estorinhas de meus poucos contatos com ele são várias, algumas remontando aos anos sessenta, por exemplo, por ocasião de um almoço no Palácio do Itamaraty no Rio, oferecido pelo Ministro de Estado (Magalhães Pinto) aos campeões mundiais de 62; outras, bem mais tarde, de quando ele, como membro da comitiva oficial da visita do Presidente da República(José Sarney) a Washington, roubou literalmente a cena nos contatos com o público e a midia,  provocando até um certo constrangimento nos altos escalões tupiniquins; outras, enfim, quando ele ocupava o cargo de Ministro dos Esportes no Governo FHC (95-98).  Mas a única de maior interesse – ao menos para mim – é a que lhes passo a narrar agora.

 

                                    COM PELÉ NA ÁFRICA

         O tal da contextualização

Estou me dando conta de que não é nada fácil contar casos neste país, uma vez que a vida por aqui corre em velocidade vertiginosa, transformando o ontem quase em século passado. Por outro lado, dá para imaginar que em 1970, ano da Copa no México, nós éramos 90 milhões (“Noventa milhões em ação// salve a Seleção!) e agora, quarenta e poucos anos depois, já chegamos aos 200 milhões? Ou seja, mais de 60% dos brasileiros não eram nascidos naquele momento em que Pelé e o Brasil ganhavam sua terceira Copa! Assim, fica difícil falar de um tempo e de um país em que a grande maioria de meus raros e queridos leitores não tinha sequer chegado a este vale de lágrimas, sem ter que fazer antes aquilo que hoje se chama de contextualização.

Mas, vamos lá. Estamos na segunda metade da década de 1970, em pleno Governo militar (Presidente Geisel, 74-79), quando, removido de Genebra para Brasília, fui cedido pelo Itamaraty para chefiar a Assessoria do Conselho Nacional do Comércio Exterior – CONCEX, presidido pelo Ministro da Indústria e Comércio, o saudoso Severo Gomes. Essa foi a época do nascimento e multiplicação das famosas trading-companies, criadas na linha do tradicional modelo japonês, para operar na área do comércio exterior do país. Eram empresas sobretudo do setor privado – aliás, em licença do Itamaraty para trato de interesses particulares, cheguei a ser em 1981/82 Superintendente de uma delas, a COMEXPORT, ainda atuante. Pouco mais tarde, essas empresas privadas passaram a ter que disputar a concorrência de dois gigantes do setor público: a COBEC, do Banco do Brasil, e a agressiva INTERBRÁS, instituída pela Petrobrás, em 1976, e dotada de grande poder de barganha, em vista da imensa quantidade de petróleo importada pelo Brasil. A empresa dispunha de escritórios no país e no exterior, estrategicamente localizados, além de operar nas grandes bolsas internacionais de “commodities”, em Londres, Nova Iorque e Chicago.

 Ataque ao mercado nigeriano: expedição a Lagos 

Como a Nigéria na época se destacava cada vez mais como grande produtor e exportador de óleo, a Interbrás decidiu elaborar um plano ambicioso de colocação de uma variada linha de produtos eletrodomésticos brasileiros, especialmente fabricados para o mercado nigeriano, com a marca e o slogan exclusivos de TAMA – Good for the Tropics. Para o lançamento de uma imensa campanha publicitária local, a Interbrás fretou um Boeing-707 da VARIG e contratou a equipe do Fluminense do Rio de Janeiro para uma partida em Lagos contra a Seleção da Nigéria. Mas a grande jogada foi naturalmente a presença na comitiva do Relações Públicas da empresa, um certo Senhor Edson Arantes do Nascimento, para animar a festa… E, por uma sorte que até hoje agradeço aos Céus, resolveram convidar-me também  para integrar a delegação, representando no caso o CONCEX. Pois aqui começa a nossa estorinha, uma vez concluída a necessária contextualização

Durante o voo Rio-Lagos (meu Deus, até a Capital da Nigéria já mudou para Abuja, a Brasília de lá, construída a partir daquela época), bati longos papos com Sua Majestade, mas o que de fato me impressionou foi a cena indescritível da chegada. Não é difícil imaginar o que representava – e representa, ainda hoje – uma visita do Rei Pelé a qualquer país africano, mas o que eu vi e vivi naquele dia foi algo que ficou muito além de qualquer imaginação. Só me lembro que ao desligar os motores o avião estava cercado por um mar incalculável de possessos que haviam invadido a pista e praticamente impediam o desembarque. Confesso que temi pela minha vida ao começar a descer a escada do avião e asseguro que até hoje não sei como, levado de roldão, fui parar no interior de uma Kombi estacionada nas imediações.

O nosso Embaixador em Lagos, meu falecido amigo Geraldo Heráclito de Lima, já dentro de um salão apinhado do Aeroporto, suava em bicas ao tentar explicar aos jornalistas presentes o objetivo principal da visita, ou seja, os “excelentes eletrodomésticos brasileiros criados especialmente para nossos irmão nigerianos…” Mas quem lhe dava ouvidos? é óbvio que só queriam saber, ver, ouvir e se possível tocar, apalpar o Rei Pelé – o qual, a essas alturas, seguia impávido, simpático e tranquilo, nada impressionado com todo aquele fuzuê, acostumado desde os vinte anos a ser objeto (e vítima, diria eu, não ele) de semelhantes homenagens.

Os trâmites na Imigração foram igualmente contaminados pelo ambiente festivo e confuso, mas as coisas se complicaram no momento em que alguém da nossa delegação resolveu abrir uma bolsa e distribuir umas três ou quatro camisetas da seleção canarinho,com o número 10 às costas, a funcionários que nos atendiam. Foi um deus nos acuda! Em poucos minutos a sala ficou lotada de funcionários que disputavam a tapa, sim, a tapa, pedaços de camisetas rasgadas no vale-tudo que ali se armou. E diga-se que cenas como essas repetiram-se ao longo de toda a semana que passamos em Lagos, já que uma enorme provisão dessas camisetas fazia parte do baú de bondades da campanha publicitária da Interbrás.

Fomos hospedados num hotel novinho em folha, recém-inaugurado, com boas instalações. Mas… no dia seguinte as torneiras secaram. E lá íamos nós, Sua Majestade inclusive, e sempre de bom-humor, com seus terninhos brancos, azul-claro, recortados com esmero, ao distante hotel onde se hospedava a equipe do Fluminense, para tomar uma ducha emprestada pelos tricolores.

    Um tête-à-tête com o Rei

No terceiro ou quarto dia de nossa estada de uma semana, tive a oportunidade de conversar a sós com Pelé, por mais de hora, no trajeto do hotel à casa de uma ricaço local, um destacado Chief , como eles dizem, e que se associara à Interbrás nesse projeto dos eletrodomésticos. A distância era grande, é verdade, mas quem não conheceu o tráfego de Lagos naqueles tempos, não viu nada.  (Pior que o de Teerã, que era igualmente um horror). Aliás, isto é um capítulo à parte. Para se ir do centro da cidade ao Aeroporto, podia-se gastar, como me disse certa vez um empresário brasileiro que vivia por lá, de duas a quatro horas… Enfim, quem diria, tal qual São Paulo nos dias de hoje. Mas voltemos ao papo com o Rei, para dizer que a partir de então passei a conhecê-lo muito melhor. Foi uma conversa tranquila, descontraída, sem falar de futebol, a não ser quando me confidenciou que por insistência de Rose, sua mulher, acabara indo para os Estados Unidos jogar no Cosmos, após haver encerrado a carreira, mas alegando que ao final de dois ou três anos voltariam ao Brasil. E que agora ele queria retornar e ela não, o que gerava um conflito de difícil conciliação. Sabe-se que a separação do casal veio logo depois.

Chegamos bem atrasados à casa do anfitrião. Uma mansão enorme, repleta de convidados que ocupavam pequenas mesas no jardim. Era, digamos, um jantar-dançante, como se dizia então, com vários casais já ocupando o salão de baile. Todos naturalmente ansiosos à espera do convidado principal, que chegou, cumprimentou efusivamente os donos da casa, fez logo seu prato (e eu o meu), e fomos comer no jardim. Mas quem disse que Pelé consegue comer sossegado diante de um amontoado de estranhos, e ainda mais na África? Eu já estava exausto de vê-lo interromper a cada garfada para atender a mais um pedido de autógrafo. E sempre sorridente, amável com cada um, como se fosse o único. Pouco depois, levantou-se dizendo que iria convidar a dona da festa para dançar. E bailou por um bom tempo com a volumosa matrona, sob o olhar admirativo da plateia que se juntara no salão para assitir ao espetáculo. A foto maior que ilustra esta matéria, bastante ruinzinha por sinal, foi feita naquela noite e reúne alguns dos convidados ao jantar, inclusive o presidente da Interbrás, que aparece entre mim e o anfitrião.

       O jogo de futebol

O jogo do Fluminense contra a Nigéria estava marcado para quarta-feira à tarde,  se não me engano. Na véspera, conversando sobre o assunto no hall do hotel,  o Presidente da Interbrás, Carlos Santana, deu uma de joão sem braço, saindo-se com essa:

– Você vai jogar um pouco, não é, Pelé?

–  Mas o que é isso, não tenho condições físicas nem para entrar em campo! Há muito tempo que deixei de treinar. Não estou preparado…

– Não, meu caro, é muito importante que você jogue, nem que seja por alguns minutos…

– Está bem…, admitiu ele, ao cabo de muito insistência. Mas nesse caso, para que time eu jogo?

– Para o Fluminense, é claro, disseram todos na roda.

E foi então que eu, ouvindo todo esse diálogo, tive o feliz rompante de dizer alto e bom som:

– Gente, vocês vão me desculpar, mas se viemos aqui para vender produto brasileiro, é evidente que ele só pode jogar pela Seleção da Nigéria! E acho que precisamos ensaiar bem essa entrada do Pelé. Proponho que ele “adentre o gramado”depois da entrada das duas equipes, vestindo sua camiseta da Seleção Brasileira, vá até o círculo central e então tire a camisa, deixando ver a da Nigéria, que estará por baixo.

Modéstia às favas, acho que foi uma das ideias mais luminosas que já tive – eu, que sou tão parco delas – pois o sucesso dessa encenação no jogo do  dia seguinte foi simplesmente retumbante. O estádio mais que super-lotado, uma multidão ululante, irrequieta, quase selvagem, que tentava invadir até a tribuna de honra onde estávamos, calou-se de repente ao assistir à entrada solitária de Sua Majestade em campo, para em seguida explodir delirante, ao perceber que ele vestia por baixo a camiseta de sua Seleção. Depois, em mais uma demonstração de boa-vontade (ou de fome de bola, sei lá) jogou por cerca de 40 minutos do primeiro tempo, sem dar grandes piques, é claro, mas distribuindo passes magistrais.

Agora, aqui entre nós: essa, a extinta Interbrás ficou me devendo para sempre…

    Mais uma estorinha, para terminar

Mais uma estorinha com Pelé na África, para terminar. O Embaixador do Brasil ofereceu então um concorrido coquetel à delegação da Interbrás, convidando autoridades de alto escalão do governo e do setor privado do país. Às 19hs em ponto  lá estava o nosso craque, pronto para enfrentar mais algumas horas de assédio, de marcação cerrada por parte de uma plateia de admiradores. A cada minuto um autógrafo, seguido de uma conversinha ligeira. Lá pelas nove e meia, cansei-me de ficar de pé e fui sentar-me um pouco no escritório do Embaixador, onde já se encontravam umas duas ou três pessoas da comitiva, entre elas um assessor de Pelé, que o acompanhava há anos. Ao comentar com ele a paciência infinita do nosso craque, que já estava há mais de duas horas atendendo aos fãs nigerianos, respondeu que era sempre assim, e que enquanto houvesse algum convidado solicitando sua atenção, ele não se retiraria. Chapeau!

Mas eis que, a recepção já no ocaso, presentes apenas alguns retardatários, o Embaixador  Geraldo Heráclito recebe um telefonema inesperado: era o Presidente de Serra Leoa, que se encontrava em Lagos para uma reunião de cúpula da  União Africana, e que convidava a ele, Embaixador do Brasil, e ao Pelé, para uma conversa particular em seu hotel, naquele momento. Noblesse oblige, e lá foram os dois para esse encontro-surpresa com o Chefe de Estado, às 11 horas da noite. Ao voltarem, satisfizeram nossa curiosidade: o Presidente de Serra Leoa fazia absoluta questão de que Pelé o acompanhasse no dia seguinte, para uma breve visita ao seu país…  Alegando que se encontrava em Lagos a trabalho, cumprindo missão de uma empresa estatal brasileira que o havia contratado, o Rei polidamente declinou do honroso convite.  E despediram-se numa boa.

Este é, portanto, o cidadão Edson Arantes do Nascimento, alter-ego do maior craque da história do futebol, que tive o prazer e o privilégio de conhecer, e que decorridos tantos anos, continua a receber toda sorte de homenagens por onde passa. E que faz e fez sempre por merecê-las.

   Epílogo frustrante

E para não deixar inconclusa a aventura da  INTERBRÁS no mercado nigeriano, caberia acrescentar que imediatamente depois de toda essa incrivel epopeia comercial, envolvendo até a criação de uma linha de produtos e de uma marca exclusiva, o Governo da Nigéria, que a despeito de todo o petróleo disponível já não andava lá muito bem das pernas,  decidiu simplesmente voltar atrás e cancelar a compra desses produtos brasileiros good for the tropics Fazer o quê, né?

 

(PANO RÁPIDO)

 

 

 

 

10 Comentários

Arquivado em CRONICAS DO QUOTIDIANO, Esportes, FOTOS

10 Respostas para “COM PELÉ NA ÁFRICA

  1. BRUNO CORREA

    Adorei, meu Padrinho!! Continue nos brindando com histórias como esta dos encontros do Rei com o Embaixador!! Um beijo!!

  2. Caro Lauro. Adorei a mais recente matéria do Quincasblog. Está deliciosa. Você, cada vez mais inspirado e inspirador. Seu amor pela lingua portuguesa transparece no extremo cuidado e burilamento de uma escrita ágil e sempre interessante. Parabéns, continue a nos premiar com seus achados! Abraços, Denise

  3. Pingback: Com Pelé na África – Do Embaixador Lauro Moreira

  4. Excelente. Um fenômeno… Para que acrescentar mais palavras ao que com tão detalhada narração sobre momentos tão interessantes e cheios de significado, nos é trazido à memória e/ou nos é dado a conhecer, dessa celebridade mundial e de orgulho mui especial da COMUNIDADE LUSÓFONA, não só do BRASIL??? Resta-nos apenas dizer: PARABÉNS por tão magnífico texto, Embaixador Lauro Moreira.
    Armando Ribeiro
    http://www.aresemares.com

    • Meu caro Amigo,

      Seus generosos comentários não só me deixam muito lisonjeado, como representam sempre um grande incentivo para continuar com essas despretenciosas divagações no Quincasblo. Muito obrigado e um grande abraço.

  5. Alberto Araújo

    Caro amigo Lauro, esse Quincasblog (sua vida eletrônica) está tão variado quanto o repertório de jogadas do rei Pelé, sempre nos surpreendendo com novos lances. Acabo de acompanhar sua aventura na África na companhia do maior feiticeiro do futebol interplanetário. Li em voz alta para nosso amigo Timóteo, que é bom lembrar, um belo dia deixou a esposa esperando no hotel pra assistir Pelé jogar aí em sua atual Ribeirão Preto. (Atitude compreensível se não fosse noite de lua de mel). Voltando a sua crônica, vibramos como se assistíssemos refinadas jogadas do Rei.
    Continue batendo esse bolão pra gente ver (ler).

    • Alberto amigo,
      Obrigado pela gentileza de seu comentário, e do nosso querido Timóteo,que sempre me estimula a continnuar com essas divagações no Quincasblog. Um abração para os dois.

  6. Victor Manzolillo de Moraes

    Quando o big bang da Internet ocorreu, explodiu também um universo de redes sociais e blogs. Uns, centrados na economia, outros, na política, alguns, ainda, nas letras e nas artes. Dificilmente, porém, se podia encontrar um blog de alto nível, informativo e multifacetado, gostoso de ler, fruto de uma experiência de vida do autor, ativa e densa. Até que surgiu o quincasblog, do Embaixador Lauro Moreira, que lhe deu esse nome, num feliz jogo de palavras, carinhoso e bem-humorado ao nosso Mestre maior, Joaquim Maria Machado de Assis. O Embaixador Lauro Moreira, ele mesmo um mestre com aquele “dom de gentes” de que falam os espanhóis, cultíssimo, comunicador por natureza, artista nato que conheço e admiro desde os tempos do Teatro Experimental da PUC, o nosso TEPUC,e, depois, colega no Itamaraty. Um blog do maior interesse coletivo, de alto nível, preciso e, sempre, belamente ilustrado, que vai da Literatura ao esporte e deste às experiências de uma vida intensamente dedicada à Cultura. E, como se não lhe bastasse todos estes adjetivos, faltou-me acrescentar; um ser generoso, por dar a autores menores, como eu, a oportunidade de aparecer em seu precioso espaço, com um trabalhinho sobre o encontro de Rubén Darío e Machado de Assis. Vida longa para o autor e para obra, são os meus votos e os de um crescente público leitor, ávido para desfrutar, mensalmente, esse blog muito, mas muito agradável mesmo de ler, e que sempre nos ensina algo novo.
    Victor Manzolillo de Moraes

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